quarta-feira, 2 de março de 2011

Queda.

Sem saber o certo motivo, lá estava ele à beira da janela, fitando a pequena multidão que ia se acumulando lá embaixo.
Quando havia perdido todo o controle de si?
Buscou-a no meio de todos, em desespero, mas já crendo em sua ausência. Ela não estava lá.
Por que era tão difícil não ver o rosto dela no meio daqueles tantos outros?
Respirou fundo, abriu os braços. As pernas pendiam, o coração ia aos saltos.
E nem mesmo a atenção daquela a quem tanto era atento conseguira.
E então, era a queda livre. Em sua mente não passava aquele turbilhão de coisas que dizem que passa. Apenas ela cabia ali, em sua pequena cabeça.
E, antes de chegar ao chão, avistou o pequeno cartaz com aquelas palavras que causaram-lhe a sua última dor.
"Eu te amo".