segunda-feira, 16 de junho de 2014

Viço.

mordaça firme
chacina garantida
se a voz é maculada
até raiva é reprimida

pernas de vidro?
olhos de isopor?
que a minha garganta seja filtro
regurgite toda a dor

tô plantado no mundo
eu sou filho do horizonte
meu amor é vagabundo;
mora embaixo da ponte

o amanhã que almejo?
utopia, invenção
mas não escondo mais meus beijos
dos seus olhos de opressão

nessa vida emparedada
quatro cantos: não há paz
é da relva da calçada
que as estrelas brilham mais



terça-feira, 10 de junho de 2014

Queria saber tocar violão
fazer rima, também
só pra cantar o quanto eu amo
não amar ninguém.