E quanto ao tempo?
terça-feira, 31 de março de 2015
Amperes.
te olho nos olhos,
desenrolo a língua
para encurtar o percurso
pelas curvas do teu corpo
os vales, montanhas, as pontes
o monte de montes
demoro-me nas cachoeiras
do teu riso
de joelhos,
engulo tuas lágrimas cor-de-pérola
quarta-feira, 25 de março de 2015
Gravata.
o amor é como um tecido bem amarrado
na altura da jugular:
se não te mata asfixiado,
ao menos a roupa deve enfeitar.
sexta-feira, 20 de março de 2015
Dicotomia.
quero escrever morte
e vida,
silêncio, sentença
chegada e despedida,
azar e sorte
amor, indiferença
pudor e safadeza
nudez e vestimenta
doçura, aspereza
a bondosa, a mesquinha
e tudo o que a gente separa
pela mais tênue das linhas.
Postagens mais recentes
Postagens mais antigas
Página inicial
Assinar:
Postagens (Atom)