está soterrado todo
todo o amor na cidade!
sob prédios de concreto
e um céu estrelado
ofuscado
por dez mil luminosas janelas
por um refletor
por sete TVs ligadas
pelo farol, ponto turístico
pelas chamas na periferia
pela sirene em seguida
e pelo vermelho respingado no asfalto
mil e um brincos de ouro
e nenhum brilho nos seus olhos
a luminosidade artificial cotidiana, literal e figurativa, ofuscando (apagando, às vezes) a fagulha orgânica de olhares e sorrisos. triste, mas belíssimo poema!
ResponderExcluirLisonjeado.
ExcluirÉ lindo quando um escrito consegue conectar os pensamentos.