domingo, 28 de maio de 2017

Rasga-mortalha.

a ave pousa
no teto
crava as unhas

me pegou de ouvidos abertos

morra morra morra morra morra morra morra morra morra morra morra morra morra morra

há muito menos de nós quando nascemos
do que quando morremos
aplaudimos o feto
pelo direito garantido
de lutar pra não morrer
mesmo sabendo que um dia em breve
morrerá

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