terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Umas linhas de amor impossível.

Lado a lado, olhos nos olhos, sorrisos, corações batendo descompassadamente. Até o céu parecia a favor deles, as estrelas, a lua, o mundo. Pois, que mundo? Se não existia mais nada ao redor deles além de si mesmos, um ao outro, os olhos do outro, as mãos do outro, a voz do outro.
E por fim nem o sentimento entendiam mais, jamais, não é coisa de se entender. Sentimento sem nome esse que não feria, não derramava lágrimas, sangue, não explodia o peito e nem doía a cabeça.
Satisfeitos, sim, apenas com a presença do outro. Apenas a existência do outro. A respiração. A sintonia. Dividiam os olhos, os olhares, as visões, fluidos, espasmos, se dividiam. Não eram mais donos de si, não eram donos de nada.
E apenas isso bastava, nada mais. Nem o resto do mundo. Aliás, que mundo?

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