sábado, 8 de novembro de 2014

Sentir saudade.

O amor é o sorriso-sorriso de todas as coisas;
início e fim das caminhadas
Um fio de distância escorrido no rosto
secado por gosto
e pálpebra fechada

Mas que a lembrança - parceira do tempo -
trança nas bordas do lado de dentro
da minha alma acesa

Um barulho que ecoa na funda luz
É uma gota de tinta:
colore, conduz,
não deixa despesa

Lágrima contida
nascida
do sorrir dos olhos
A fumaça-lembrança
que de longe alcança
a fenda do teu colo

É o grito-saudade
expelido com vontade
bem dos antros da garganta
Agudo, ferino, cantante
E que canta!

Não fossem as formas disformas
Dos ângulos da mente...
Não há abraço existente
Como o que não recebo agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário