O amor é o sorriso-sorriso de todas as coisas;
início e fim das caminhadas
Um fio de distância escorrido no rosto
secado por gosto
e pálpebra fechada
Mas que a lembrança - parceira do tempo -
trança nas bordas do lado de dentro
da minha alma acesa
Um barulho que ecoa na funda luz
É uma gota de tinta:
colore, conduz,
não deixa despesa
Lágrima contida
nascida
do sorrir dos olhos
A fumaça-lembrança
que de longe alcança
a fenda do teu colo
É o grito-saudade
expelido com vontade
bem dos antros da garganta
Agudo, ferino, cantante
E que canta!
Não fossem as formas disformas
Dos ângulos da mente...
Não há abraço existente
Como o que não recebo agora.
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